terça-feira, 7 de dezembro de 2010

COMA CHOCOLATE

De preferência o amargo. Delicie-se com as recentes descobertas científicas que revelam:
o alimento protege, sim, o coração, ajuda a prevenir o diabete tipo 2,
reforça as defesas do corpo e, incrível, ainda pode auxiliar no controle do apetite
por Fábio de Oliveira

Sua matéria-prima, o cacau, era considerada por maias e astecas o alimento dos deuses.
Tamanha veneração talvez tenha se originado da dedução de que as sementes do fruto do
cacaueiro escondiam diversas propriedades. Se eram realmente divinas, isso ainda carece
de comprovação. No entanto, quase cinco séculos depois de os espanhóis enriquecerem o
paladar europeu com um dos sabores do Novo Mundo, sobram evidências científicas de que
o chocolate amargo, guloseima com um gosto peculiar justamente por ter maior teor de
cacau na sua composição, promove uma série de benefícios para a nossa saúde. Os
resultados de uma das pesquisas mais recentes sobre esse chocolate confirmam que ele
protege o coração. Realizado na Universidade Hospital Colônia, na Alemanha, o estudo
revela que seu consumo rotineiro reduz os níveis da pressão arterial.
O segredo do chocolate amargo está na altísssima concentração de certos flavonóides,
como as catequinas, substâncias de nome estranho encontradas no cacau. São elas que
agem nas artérias, promovendo a queda da pressão. “Esses compostos elevam a produção
de óxido nítrico, um vasodilatador natural”, explica Malachias, que é diretor do Instituto
de Hipertensão Arterial de Minas Gerais, em Belo Horizonte. “O endotélio, a camada interna
 das artérias, fica mais flexível. Assim, o sangue passa por ali gerando menos pressão”,
explica a nutricionista Vanderlí Marchiori, colaboradora da Associação Paulista de
Nutrição.

Para que isso ocorra é preciso que o consumo do alimento seja diário. “Bastam de 30 a
40 gramas, ou quatro quadradinhos daqueles tabletes grandes”, recomenda Vanderlí.
Ela dá outra boa notícia: o chocolate amargo não contribui para a subida do colesterol.
“Os polifenóis impedem a oxidação do LDL, o tipo ruim da gordura”, explica.
“Eles seqüestram essa molécula, formando um complexo solúvel que é eliminado pela urina.”

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